A UEA desenvolveu então um trabalho demorado, no sentido de construir e implementar um projecto de investigação aplicada que combinasse duas vertentes: a pesquisa, procurando conhecer e compreender a situação literácita dos trabalhadores referidos; e a educação/formação, tendo em vista o desenvolvimento de iniciativas de educação e formação que levassem à alteração da situação literácita diagnosticada.
Assente numa organização complexa, este projecto contemplou a existência de diversas equipas de trabalho: a equipa de investigação, composta por investigadores seniores, Licínio C. Lima, da UEA, Rui Vieira de Castro e Maria de Lourdes Dionísio, do Instituto de Educação e Psicologia desta Universidade, pela Coordenadora Executiva do projecto, Amélia Vitória Sancho, da UEA, e pelos elementos da equipa de trabalho de campo, Paula Guimarães, da UEA, Raquel Oliveira, em regime de prestação de serviços na UEA, assim como Maria de Fátima Marques e Manuela Cunha a realizar estágio final de fim de curso da Licenciatura em Educação nesta Unidade; a equipa de coordenação geral, constituída pelos investigadores referidos, pelas representantes da Direcção e da Comissão de Trabalhadores da Empresa; a equipa de formação, constituída por Amélia Vitória Sancho, Paula Guimarães e Raquel Oliveira.
O projecto teve como objectivos caracterizar a Fábrica e os seus diferentes subcontextos em função das condições e práticas de literacia que suscitavam, exigiam ou promoviam; conhecer as práticas e atitudes de literacia dos trabalhadores, nos contextos laborais e extralaborais; identificar articulações/desarticulações entre as condições e as práticas de literacia dos diferentes contextos e as práticas e atitudes de literacia dos trabalhadores; e formar os trabalhadores para o reconhecimento e uso de competências de literacia relevantes no contexto laboral. |